Histórias & Estórias-

No limite da paciência

Em 1997 quando corria pela equipe Moraz, no meio do ano resolvemos reestruturar a equipe em busca de melhores resultados, pois no ano anterior haviamos tido exelentes resultados, chegando inclusive a disputar o titulo da temporada mesmo correndo com um velho Passat que eu carinhosamente chamava de dinossauro. Mas no ano seguinte, embora com um Gol 0 Km, nossos resultados estavam minguados e sofridos, e por causa disso chamamos o preparador Osvando Krause para dar uma mão ao preparador titular, o João Froeger, ou como prefiro chamá-lo de Onça, Impostor, ...

A segunda corrida, já com a nova estrutura, era em Cascavel, onde jamais admiti andar mal. Com carro novo e preparador novo as perspectivas eram as melhores possíveis. Só que em competições as vezes o destino nos prega algumas peças. Já na sexta feira o carro não andava, insistia em falhar, simplesmente não ia, e ainda esquentava como se fosse uma chaleira. Já no final da tarde, depois de uns dois motores quebrados durante o dia, já eram umas 19h passadas da noite. Alguns amigos e companheiros diziam que eu era capaz de dar uma volta em Cascavel no escuro, e após uma nova tentativa de regulagem no motor, o Onça me pediu para fazer um novo teste, mesmo naquele escuro. Estava tão ansioso para as coisas começarem a dar certo que topei. Ao manobrar o carro nos boxes e ao sair para pista notei que o motor deu falta de combustível. Como era habitual nestas circunstancias manobrei de volta para o box e no caminho vinha sinalizando para equipe com o dedo positivo em minha boca, tipo "estou com sede", que usualmente era entendido como: ''coloca combustível''! Ao chegar ao box além de ninguém abastecer o carro um integrante da equipe, nem me lembro quem, me veio com uma lata de cerveja a pouco aberta, abriu a porta do carro e me disse em tom inocente : ''só que não tá tão gelada''!

Pra mim foi o fim! E depois de um dia estressante e improdutivo só restou eu e a equipe tomarmos um banho, jantar e esperar pelo dia seguinte.

Até a próxima,

Aloysio Ludwig Neto

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