Histórias & Estórias-

Automobilismo com o coração

Olá pessoal. Depois de um longo e tenebroso tempo, pra não dizer outras coisas, voltei à coluna! O bom filho a casa sempre retorna!

Neste retorno não posso deixar de falar no campeonato de Marcas N, organizado por uma série de "malucos" de Cascavel, como eu. Malucos! É a primeira coisa que você fatalmente pensou. Sim! Que pessoa em estado mental normal imaginaria em fazer uma prova, hoje televisionada, e gastar nesta prova aproximados R$ 1.000,00, as vezes nem isso!

Para que vocês entendam um pouco do que estou falando vou contar um pouco de minha história: me criei e aprendi a gostar do automobilismo naquela região. Quando o autódromo de Curitiba ficava às moscas, cobras e outros bichos e o de Londrina não existia nem no projeto, eu já ia para a pista, ainda menor de idade, ver os motores roncarem no Autódromo de Cascavel. Qualquer que fosse a categoria, estava no sangue de todo mundo que se criava lá. Afinal, tinhamos até um prefeito que era piloto ativo. Naquela região as opções de lazer são diferentes por opção. Na minha turma de criança / adolecente / juventude, gostavamos de pescar, caçar e todos, eu disse todos, mulheres ou homens sempre tinham algum conhecido que direta ou indiretamente estava ligado ao automobilismo. Aquele automobilismo regional, de poucos recursos mas com muito amor e dedicação ao esporte. Eu vivi muitas vezes a experiência de reunir uma turma de amigos para uma churrascada para coletar grana para colocar um velho Dodge, Passat ou Opala para correr. No final até o guardião do local acabava colaborando, sem pressão, só por amor mesmo. Por quê eu disse tudo isto? Porque grande parte destas pessoas que organizaram este campeonato só para carros fabricados até 1993 são meus amigos e conhecidos daquela época em que corria com meu velho Dodge. Definitivamente uns malucos que ouvem todo dia que criaram uma categoria "Frankstein", mas que agora vão colocar no grid quase 40 carros de todas as marcas (VW, GM, Ford e FIAT) e que terá televisionamento direto pela TV local, a Tarobá... Que saudades! Pensei que nunca mais veria aquele autódromo cheio. Tenho certeza que é uma idéia que não vai morrer cedo. Pelo menos enquanto os cartolas das federações não colocarem o dedo diretamente na organização. Se deixarem os cascavelenses serem autônomos o sucesso existirá, por muito tempo.

Só para terminar, recebi um convite ainda nesta semana do Automóvel Clube de Cascavel para participar de algumas etapas. Meu tempo hoje é muito curto, mas meu coração (aquele que falei em algumas linhas atrás) já esta saltando pela boca.

Um abraço a todos.

Aloysio Ludwig Neto

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