De Tomaso Longchamp
Texto e fotos: Renato Bellote Gomes
Por aqui existem apenas 6 unidades do Pantera. Mas nessa matéria vou contar a história de outro mito da empresa: o Longchamp. Só existe este exemplar do modelo no país. O charmoso italiano é uma raridade difícil de ser vista em encontros e muito menos andando pela rua.
Mais fascinante ainda é sua trajetória no Brasil. Segundo me contou o proprietário, assim que a máquina desembarcou, foi confiscada pela Receita. Motivo: o comprador era um italiano que tinha alguns problemas de cidadania. Por incrível que pareça ele ficou mais de uma década no galpão, do jeito que chegou ao porto. Acredite se quiser.
Depois do negócio concluído, o automóvel foi trazido a São Paulo. "Havia uma bola de graxa nos tuchos hidráulicos, um pouco de ferrugem nas camisas dos cilindros, cujas válvulas ficaram abertas por treze anos, mas o bloco era zero-quilômetro", conta. "Foi feita uma restauração de seis meses. Trocamos os fluidos, as pinças de freio estavam travadas e os tanques de combustível bastante sujos", complementa.
A produção total desse veículo foi inferior a quatrocentas unidades. Realmente uma raridade. Isso por si só, somado ao estilo clássico italiano, lhe confere um lugar na galeria das grandes máquinas automotivas.
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