Lavagem
de motor pode prejudicar o sistema de injeção eletrônica
Reportagem
Vivian Dias
Lide Multimídia
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A injeção eletrônica é controlada
por microprocessadores (chips) que podem ser danificados pela
água. |
A
injeção eletrônica é um sistema que gerencia todo o funcionamento
do motor. É a evolução do carburador, que já não existe na maioria
dos modelos desde 1995, quando a performance, o desempenho e a
força dos motores aumentaram, e o consumo de combustível diminuiu.
O
sistema é uma central eletrônica composta por uma série de sensores
que captam as informações mais importantes do motor: a posição
dos pistões, a temperatura do ar e água, os comandos de aceleração,
a quantidade de oxigênio no escapamento, a tensão na bateria.
Processando todos os dados, determina a quantidade de ar e combustível
que serão misturados para a queima que gera o início das funções
do automóvel. Quando o motor é lavado, as sensíveis e delicadas
peças dos sensores podem sofrer choque térmico. O carro continua
funcionando, mas as medidas enviadas à central passam a não ser
exatas. Para que a água não cause dano nenhum ao sistema, é necessário
que o veículo esteja parado há algumas horas e um profissional
especializado conduza a limpeza.
Caso
qualquer componente da injeção eletrônica apresente defeito, ele
é acusado no painel por uma luz que pode ficar acesa ou alternar
entre acesa e apagada. "Este problema não é freqüente e só
será resolvido nas concessionárias, com um aparelho altamente
específico que acusa qual o sensor danificado, através de um processo
conhecido como diagnose. Poucas oficinas particulares estão equipadas
para indicar com precisão as alterações", diz Mario de Oliveira
Junior, gerente de Assistência Técnica da Florença Veículos.
Uma
mistura de combustível e ar desproporcional, rica ou pobre demais,
resultante da injeção desregulada, gera uma gasto até 30% acima
do ideal de consumo do automóvel. Ao contrário dos problemas nos
sensores, o desgaste das velas de ignição e cabos de vela, responsáveis
pela produção das faíscas que detonam a queima no motor, pode
ser flagrado nas revisões. "40 mil quilômetros é o indicado
pela fábrica para a troca das velas. Rodando além disso, há uma
influência direta no consumo", destaca Oliveira.
O
escapamento é um dos grandes vilões do alto consumo. Dentro dele,
há uma sonda que envia à central as informações sobre a quantidade
e temperatura dos gases que saem do veículo. Furos e ferrugem
no cano podem alterar todo o processo. A remoção proposital do
silenciador, responsável pela pressão na saída do gás carbônico,
além de tornar o carro mais barulhento, afeta completamente as
informações que a injeção vai receber.
Outro
equipamento que é checado nas revisões de fábrica é o filtro de
ar. "O filtro é uma peça simples, mas essencial. Ao entupir,
por excesso de poeira ou umidade, dificulta o ciclo de informações",
alerta Oliveira, referindo-se à importância de se respeitar os
prazos para o check up.
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