O
Rally Internacional da Graciosa começou pequeno, em 1981,
como uma prova do Campeonato Paranaense de Velocidade, mas logo
os competidores tomaram gosto pelas curvas fechadas da charmosa
Serra da Graciosa, estreita e sinuosa, construída no século
XIX margeando um trecho de mata atlântica preservada na Serra
do Mar, entre os municípios de Morretes e Quatro Barras.
Entretanto,
a última vez que o rally passou pela Serra da Graciosa foi em
1996. Isso porque os organismos ambientalistas alegam que os
veículos causam danos à flora e fauna com os altos ruídos
dos motores e a poluição emitida pelos escapamentos. Em 2001
foi a última vez que a prova passou perto da Serra do
Mar.
O rally
é a mais antiga modalidade automobilística. A primeira
prova data de 1894, entre as cidades de Paris e Rouen. Entretanto,
em 1875 carros a vapor já se aventuravam em estradas perigosas
entre Le Mans e Paris. Em
1911 foi realizado o 1º Rally de Monte Carlo, hoje tradicional
prova do Campeonato Mundial, que vem sendo disputado desde 1968.
No
Brasil, os rallys de velocidade começaram a ser disputados
oficialmente em 1981. Antes disso, porém, uma promoção
inesquecível ligada ao rally no Brasil foi realizada pela
FIAT, no final de 1979: com provas em Santos, Florianópolis,
Mairiporã, Guarujá, Rio, Salvador e Ilha de Itaparica,
foi disputado o 1º Torneio Feminino FIAT 147 de Rallye, com
a participação de 13 duplas. Usando macacões
e capacetes cor de rosa, as 26 concorrentes foram chamadas de
Panteras Cor de Rosa, em alusão à famosa equipe
que fez grande sucesso em provas do Campeonato Mundial, com destaque
para a francesa Michele Mouton, campeã mundial pela FIAT.
As Panteras
eram formadas, em sua maioria, por estudantes, mas havia também
profissionais de diferentes áreas, inclusive uma arquiteta,
uma economista, uma professora e até uma nutricionista.
As moças que faziam parte da primeira equipe exclusivamente
feminina já formada no Brasil, vinham de cinco estados
diferentes: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná,
São Paulo e Distrito Federal. A etapa final, disputada
no dia 8 de novembro, marcou a inauguração do
Club Mediterranée de Itaparica, e foi vencida pelas paranaenses
Maria Bernadete Ribas (piloto) e Dulce Doege (navegadora).
Campeão
geral |
Ano |
Edição |
Piloto
/ navegador |
Carro |
2009 |
29ª |
Kris Meeke (ING) / Paul Nagle (ING) |
Peugeot 207 S2000 |
2008 |
28ª |
Édio
Füchter (SC) / Gilvan Jablonski (SC) |
Mitsubishi
Lancer Evo IX |
2007 |
27ª |
Édio
Füchter (SC) / Lelo Perdigão (SC) |
Mitsubishi
Lancer Evo IX |
2006 |
26ª |
Juliano
Sartori (RS) / Rafael Sartori (RS) |
Subaru
Impreza |
2005 |
25ª |
Ulysses
Bertholdo (SP) / Armando Miranda (PR) |
Mitsubishi
Lancer Evo VIII |
2004 |
24ª |
Ulysses
Bertholdo (SP) / Armando Miranda (PR) |
Mitsubishi
Lancer Evo VII |
2003 |
23ª |
Juliano
Sartori (RS) / Rafael Sartori (RS) |
Mitsubishi
Lancer Evo V |
2002 |
22ª |
Tino
Vianna (SP) / Edu Paula (SP) |
Subaru
Impreza turbo |
2001 |
21ª |
Federico
Villagra (ARG) / Javier Villagra (ARG) |
Mitsubishi
Lancer Evo IV |
2000 |
20ª |
Marcos
Ligato (ARG) / Ruben Garcia (ARG) |
Subaru
Impreza WRX |
1999 |
19ª |
Christian
Rosiak (ARG) / Hugo Thomas (ARG) |
Mitsubishi
Lancer Evo IV |
1998 |
18ª |
Francisco
Gorostiaga (PAR) / Victor Aguilera (PAR) |
Lancia
Delta Integrale |
1997 |
17ª |
Gabriel
Mendez (URU) / Carlos Villete (URU) |
Toyota
Celica |
1996 |
16ª |
Gabriel
Raies (ARG) / José Volta (ARG) |
Renault
Clio |
1995 |
15ª |
Marco
Dario Galanti (PAR) / Ivan Dumont (PAR) |
Toyota
Celica |
1994 |
14ª |
Marco
Dario Galanti (PAR) / Ivan Dumont (PAR) |
Toyota
Celica |
1993 |
13ª |
Gabriel
Mendez (URU) / Felipe Mercader (URU) |
Volkswagen
Gol GTI |
1992 |
12ª |
Gustavo
Pisano (URU) / Felipe Mercader (URU) |
Volkswagen
Gol GTI |
1991 |
11ª |
Paulo
Lemos (PR) / Ricardo Costa (PR) |
Volkswagen
Gol GTI |
1990 |
10ª |
Reinaldo
Varela (SP) / Sérgio Lima (SP) |
Volkswagen
Gol GTI |
1989 |
9ª |
Édio
Füchter (SC) / Ricardo Costa (SC) |
Volkswagen
Gol GTI |
1988 |
8ª |
Édio
Füchter (SC) / Ricardo Costa (SC) |
Volkswagen
Gol GTI |
1987 |
7ª |
Paulo
Lemos (PR) / Arthur Carvalho (PR) |
Volkswagen
Gol GTI |
1986 |
6ª |
Prova não realizada |
1985 |
5ª |
Cláudio
Antunes (RJ) / Olavo Barbour (RJ) |
Volkswagen
Passat |
1984 |
4ª |
César
Vilela (RJ) / José Baranovisk (RJ) |
Chevrolet
Monza |
1983 |
3ª |
Paulo
Lemos (PR) / Arthur Carvalho (PR) |
Volkswagen
Voyage |
1982 |
2ª |
Sady
Bordin (PR) / Dario Araújo (PR) |
Volkswagen
Voyage |
1981 |
1ª |
Jorge
Fleck (RS) / Sylvio Klein (RS) |
Volkswagen
Gol |
Categorias
Para
os veículos da Classe A, a preparação do
motor, câmbio e suspensão são praticamente
livres. Esses carros usam câmbio com engrenagens reduzidas
e seqüêncial, diferencial auto-blocante, comando
especial de válvulas e outros itens de competição
e sua potência beira os 450 cv. Já para os veículos
da Classe N, é proibida a perparação do
motor e câmbio, o interior do carro é mantido original
e a preparação da suspensão é livre.
Classe
A8 - veículos até 2000 cc turbo tração
4x4;
Classe A7 - veículos entre 1601 cc e 2000 cc tração 4x2;
Classe A6 - veículos entre 1301 cc e 1600 cc tração
4x2;
Classe A5 - veículos entre 1000 cc e 1301 cc tração 4x2;
Classe N4 - veículos até 2000 cc turbo tração
4x4;
Classe N3 - veículos entre 1601 cc e 2000 cc tração 4x2;
Classe N2 - veículos entre 1301 cc e 1600 cc tração
4x2.
Vocabulário
do rally
-
Livro
de bordo: cada dupla recebe antecipadamente um livro para
conhecer o roteiro do rally (enlaces e provas especiais);
-
Briefing:
é o nome que se dá para a reunião técnica
entre os diretores da prova e os competidores antes de começar
o rally. A participação dos competidores é
obrigatória;
- SS (Special Stage).
É o percurso de bandeira a bandeira onde é cronometrado
o tempo de cada dupla. A somatória de todas as SS's dará
o resultado de quem ganhou a etapa (dia) ou etapas (2 ou 3 dias);
-
Shakedow:
um dia antes do rally fecha-se uma SS com toda a segurança
para que o trecho seja reconhecido com o carro de competição;
- Parque fechado:
área em que não é permitida nenhuma reparação
no veículo;
- Parque de auxílio
ou apoio mecânico: área destinada para as reparações
mecânicas;
- Cartela de controle:
todo carro ao iniciar o rally recebe, num parque fechado, uma
cartela de controle para os cronometristas anotarem os tempos
efetuados nas SS's, além de entradas e saídas
dos auxílios mecânicos. Para entrar e sair de um
parque fechado ou parque de auxílio ou apoio mecânico,
ou ainda, para uma largada e uma chegada de uma SS, existe uma
área demarcada que é a "zona de controle",
a qual possui regras específicas de circulação;
- Enlace ou deslocamento:
para ligar o parque fechado a uma SS e entre uma SS e outra,
existe um percurso que denomina-se de enlace ou deslocamento,
que não é cronometrado, porém faz parte
do roteiro, ou seja, do livro de bordo;
- Reagrupamento:
dentro de uma zona de controle pode-se fazer um reagrupamento,
ou seja, colocar novamente todos os carros de competição
largando de 2 em 2 minutos. Ocorre quando há quebra ou
acidente e após o apoio mecânico.
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