Magno Aragão e Paulo Renato são tricampeões

A dupla de Niterói (RJ), Magno Aragão / Paulo Renato comemorou muito na noite desta sexta-feira (24) o 3º título consecutivo na Geral e na categoria Master. "Quando capotamos no trecho da manhã achei que não seria desta vez", disse o navegador Paulo Renato. Eles capotaram ao desviar de uma tora de madeira que rolou para o meio da trilha. Magno Aragão acabou sofrendo uma luxação durante o capotamento e terminou a prova com o braço esquerdo na tipóia. "A estrutura da nossa equipe é muito boa e o entrosamento entre piloto e navegador é perfeito. O Paulo muitas vezes nem precisa falar nada, basta um simples gesto com as mãos e eu já sei o que ele quer", diz Magno Aragão. A dupla diz que ter uma boa estrutura de equipe também é fundamental. "No final de cada dia nosso carro era todo revisado pelos mecânicos da nossa equipe e no dia seguinte ele estava lavado e pronto para trilha novamente", comenta Magno Aragão. "Tudo isso foi fundamental para a conquista do tricampeonato", completa.

A dupla paranaense de Guarapuava, Roque Veviurka / Alberto Minski Jr., é a vice-campeã da categoria Master. Com um desempenho impecável, a dupla terminou com apenas 20 pontos de diferença para o líder. Na categoria Jeep a disputa foi ainda mais acirrada: a dupla Luiz Fontana / Joel Kravtchenko venceu por 2 pontos os catarinenses Rafael Dal Bello / Enedir da Silva Jr., de Chapecó (SC). Luiz Fontana fez uma pilotagem "heróica" com uma só mão depois de queimar-se com a água quente do radiador do seu Jeep. "O radiador parecia frio, mas era porque a correia tinha arrebentado. Quando eu abri a tampa, a água fervendo do bloco do motor jorrou direto na minha mão", falou o campeão da categoria.

O 1º lugar na categoria Sênior, a dupla Luciano Azzi / Luciano Sá festejou o pódio sem esconder o cansaço. "Foi fantático. Estamos exautos mas muito contentes. Foi uma experiência e tanto!", comentaram. A dupla prometeu brigar pelo primeiro bicampeonato da categoria no ano que vem.

"O primeiro Transparaná foi a aventura de cruzar o estado por estradas de terra e trilhas. Hoje o Transparaná é uma competição. Se considerarmos que alguns carros que competem na categoria Master custam de R$ 60 a R$ 80 mil e toda estrutura e investimento que está por trás de algumas equipes, a criação da categoria Jeep foi muito importante e até permite vivenciar um pouco do espírito de aventura. Com R$ 8 mil a R$ 10 mil é possível comprar um Jeep Willys ou Ford", declara Luiz Felipe Campelo, idealizador do 1º Transparaná e diretor de prova desta 9ª edição. "O resultado que estamos vendo hoje aqui, com esta grande festa, só foi possível por causa do empenho de pessoas como o Mário Caetano, presidente do Jeep Clube de Curitiba, e o Marcelo Machado, que se dedicaram de corpo e alma para o Transparaná. Foram muitas semanas fazendo o levantamento e o planilhamento de trilhas. Infelizmente, 3 dias antes da largada em Guaíra o Marcelo fez uma luxação no pescoço e não pode participar", concluiu. "Quero agradecer a todos os membros da organização. Cada um deles desempenhou um papel decisivo para o sucesso do IX Transparaná", completou Mário Caetano.

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