História
do Jeep Clube de Curitiba
O
Jeep Clube de Curitiba nasceu da iniciativa de Áulio
Zanbenedetti, Augusto Kowalski Filho e Arion Mozart Chagas,
que iniciaram as primeiras reuniões na garagem do Áulio,
na rua Dr. Faivre, 582. Ao mesmo tempo, em 13 de março
de 1984, Enzo Monteiro do Nascimento, Lotário Burgel
e Paulo Hilário, proprietários de jipes e membros
do Veteran Car Club, organizavam uma entidade visando, a princípio,
reunir os colecionadores de Jeep e dar a eles condições
de efetuar uma manutenção adequada em seus veículos,
enquanto que o primeiro grupo tinha mais ênfase às
atividades off-road.
Sabedor
da existência de 2 grupos, o Jeep Clube do Brasil enviou
em dezembro de 1984 o seu diretor de eventos esportivos, Mário
Castanho, para tentar unir as partes, afinal ambas tinham
interesses comuns mas desconheciam-se mutuamente. Dessa
forma, o pessoal do Jeep Clube já oficilizado mas que
não tinha dado início ainda às atividades
práticas, foi apresentado ao primeiro grupo que estava
organizando o 1º Defile Envemo - Hermes Macedo para jipes
e pickups, e desta feliz união nasceu o Departamento
de Fora-de Estrada do Jeep Clube do Brasil, seção
Paraná.
O
passeio, primeiro evento do Jeep Clube foi um sucesso absoluto.
Em um domingo ensolarado, 102 veículos participaram
de quase 2 hora de passeio pelas principais avenidas e ruas
de Curitiba. Jipes e pickups dos mais diversos tipos e modelos
misturaram-se aos veículos domingueiros, fazendo um
espetáculo colorido e inédito. O
evento culminou com o sorteio de brindes oferecidos pela Jolly,
Carello e Envemo no pátio do estacionamento da Hermes
Macedo.
Tudo
começou assim
Mesmo
em um demonstrativo de muita fé e habilidade, alguns jipeiros
tiveram seus veículos encalhados. Assim foi o primeiro batismo
de novos associados do Jeep Clube do Brasil - Paraná, realizado
no dia 3 de fevereiro de 1985. No dia marcado para o batismo
de fogo dos novos jipeiros, o entusiasmo tomava conta dos
participantes, todos aguardando a oportunidade para demonstrar
desempenho e habilidade.
O
local escolhido para o evento foi um dos melhores possíveis.
Ali foi demarcado o percurso proporcionando aos novos associados
situações críticas a serem enfrentadas pelos "fora
de estrada". A prova consistia em realizar terreno
seco e alagado, num espaço de 4 minutos. Realizações como
esta servem para congregar, confraternizar e divertir, além
de oferecer conhecimento sobre importantes veículos da história
do automóvel.
Lotário
Burgel, Voldi Costa Zambenedette, Aulio Costa Zambenette,
Arion Mozart Chagas Junior, Augusto Kowalski e Enzo Monteiro
do Nascimento, passaram ao sorteio dos inscritos, orientando-os
quanto ao trajeto, tempo, precauções e de que não exigíamos
uma prova impossível de realizar e assim Augusto Kowalski
realizou a prova em 2 minutos e 50 segundos. Como era uma
prova de regularidade estipulamos o tempo em 4 minutos.
A
ansiedade fazia notar nos participantes que iam se alinhando
para receber o sinal de partida. Aulio de cronômetro em
punho era o juiz da partida e saiu o primeiro participante
Luiz Fernando Benthien, fazendo o percurso em 4 minutos
e 54 segundos, atolando no "Lira Cisma" mas saindo pelos
seus próprios meios. O 2º Martin Kitzmann atolou e
teve que ser guinchado, com tempo de 8 minutos e 23 segundos.
O 3º João Carlos Cordeiro com sua rural realizou o
percurso em 3 minutos e 23 segundos, passou direto pelo
atoleiro e foi muito aplaudido pelos companheiros e a grande
assistência presente no local.
O
4º candidato foi Roberto Portugal Bacellar que fez
o percurso em 3 minutos e 26 segundos, cometendo duas infrações,
derrubando uma estaca e errou o local de chegada e a penalidade
foi repetir a prova com o tempo para 4 minutos e 1 segundo.
O 5º participante foi Stanley R. A. Van Den Borgen
que fez todo o percurso em 3 minutos e 58 segundos. Não
atolou e foi muito aplaudido. O holandês foi o campeão.
O 6º inscrito Ronaldo Rangel Cruz numa rural salto
alto (molejo levantado) fez todo o percurso em 3 minutos
e 48 segundos sem problemas e foi muito aplaudido pela habilidade
demonstrada.
Quando
já estavam preparados para encerrar a prova, uma vez que
os outros inscritos desistiram face aos obstáculos. José
Adelino Ferreira Lameiro com seu jeep 51 topou a parada
e se lançou em campo. O terreno já tinha se transformado
numa bacia de lama e não deu outra: o veterano do jeep 1951
encalhou e só saiu com o auxílio de um cabo de aço. O tempo
foi de 6 minutos e 45 segundos.
Encerrando
o batismo dos novos jipeiros, Augusto, Aulio e Arion foram
se divertir no atoleiro aproveitando a oportunidade para
testar suas competências em tais situações. Com os veículos
enlameados, cansados e pés sujos de lama os novos jipeiros
não escondiam a alegria de ter participado do batismo realizado
pelo Jeep Clube de Curitiba.
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