Além dos contratempos na Gold Classic, Almeida também teve uma péssima notícia quando soube que o GM Opala em que iria disputar as Mil Milhas Chevrolet Absoluta acabou tendo problemas e com isso estava fora do certame. Mas ainda na tarde de sábado, tudo começou a mudar! A equipe HT Guerra fez um grande trabalho e conseguiu aprontar o carro de Giovanni para a disputa da segunda corrida da Gold Classic do final de semana, enquanto a essa altura as condições climáticas já apontavam chuva na capital paulista.

Já para a disputa das Mil Milhas Chevrolet Absoluta, mais uma vez a equipe HT Guerra entrou em ação. Inscreveu o Spyder Aldee #6 com Giovani Almeida, Caio Lacerda e Humberto Guerra Júnior na disputa e sem realizar nenhum treino livre o carro marcou o décimo terceiro tempo na classificação geral da lendária corrida do automobilismo nacional.

Neste momento tudo já passava colaborar para um grande final de semana. O fato de não ter disputado a primeira corrida fez com que Almeida largasse do final do pelotão na Gold Classic que reuniu mais de 60 carros neste final de semana. Com uma tocada maravilhosa, para não dizer genial, o piloto paulista superou todas as adversidades, mostrou extrema perícia e conhecimento do traçado de Interlagos com chuva e realizou impressionantes 49 ultrapassagens durante a corrida.

O carro que nem sequer estava pronto, pois não contava com conta-giros, ainda teve alavanca de câmbio quebrada logo nas voltas iniciais e viu uma das hastes do capô se soltar durante a disputa, prejudicando assim a visão do piloto, cruzou a linha de chegada na 4ª colocação geral da categoria sendo terceiro na categoria D4P, um resultado espetacular para o piloto do #37.

Após o pódio no sábado, 23, a tarefa de Giovani Almeida se tornou mais árdua no domingo, 24. A disputa das Mil Milhas Chevrolet Absoluta requer muito trabalho, dedicação, esforço e acima de tudo concentração o que não faltou para os três pilotos da equipe HT Guerra, que foram impressionantes durante toda a corrida. Mantiveram um grande ritmo, fizeram muitas ultrapassagens, mostraram toda a força conhecimento e resistência do Spyder Aldee que é guiado por Caio Lacerda na disputa da Gold Classic.

Nem mesmo quando o carro perdeu o traçado no final da reta oposta e foi parar na caixa de brita, a equipe desistiu. O carro voltou para os pits, realizou os reparos e voltou para pista e após impressionantes 249 voltas, o trio concluiu a disputa na quarta colocação geral, sendo segundo colocados na categoria P4, conquistando o pódio e coroando um final de semana de muito trabalho de todos os pilotos e da fantástica equipe HT Guerra.

"Este final de semana foi muito atípico. Nós montamos esse carro, Spyder Aldee para Gold Classic, as pressas, em meia semana para ser mais exato, faltando vários detalhes e sendo terminado aqui nos boxes e isso prejudicou bastante nossas aspirações para a disputa. Não conseguimos treinar em nenhum momento, não nos classificamos, ficamos de fora da primeira corrida. O carro ficou pronto as vésperas da segunda corrida, sendo que não conseguimos nem alinhar no grid para a disputa tendo que sair dos boxes."

"Fomos galgando posições, consegui fazer um traçado de chuva legal. O carro tem muito a desenvolver ainda e sabemos que temos um carro muito bom nas mãos. Nossa equipe foi muito guerreira e tenho que dedicar esse pódio a equipe inteira, ao Humberto Guerra, pois o que eles fizeram em menos de uma semana foi uma coisa fora do comum."

"Temos que acertar o chão do carro, estávamos sem conta giros, nossa alavanca de câmbio saiu na primeira volta, chovendo, com diversos incidentes na minha frente e sem duvida esse pódio vai para a equipe HT Guerra que são fora de série."

"Foi super emocionante e apesar de ter muito o que fazer no carro, é a primeira vez na minha vida que eu ganho 49 posições em uma corrida, talvez seja a primeira e a última e acima de tudo destacar que largamos dos boxes. Saímos dos pits com um GM Opala na minha frente e tive que passa-lo e conquistamos esse grande resultado na Gold Classic", disse Almeida.

"Disputar as Mil Milhas sempre foi um sonho de criança! Meu pai participou sete vezes, eu vi todas as participações dele, sempre foi um sonho e nós estávamos confirmados pra andar no GM Opala V8 do Grego Lemonias, mas o carro teve um problema no bloco do motor ainda na oficina, então o carro nem foi pra pista."

"Foi aí que na verdade que eu, o Caio (Lacerda) e o Guerrinha (Humberto Guerra Jr.), decidimos que se o carro do Caio chegasse inteiro no final da Gold Classic, nós iriamos arriscar na corrida de domingo. Como o meu carro foi montado a menos de uma semana e às pressas, não tinha condição de fazer as Mil Milhas, mas o do Caio, que já tem mais de um ano de corrida e tá super rápido e pronto, seria uma boa."

"Decidimos, acredito que era onze horas ou meia noite, do sábado que nós íamos disputar nossas primeiras Mil Milhas Chevrolet Absoluta, minha, do Caio e do Humberto, pois nenhum dos três tinha corrido uma dessa, mas a equipe HT Guerra já havia participado várias vezes. Então, foi uma emoção muito grande. Fomos bem constantes e rápidos e quando a chuva caiu de repente na reta oposta já tínhamos passado a entrada dos boxes o que nos atrasou na parada."

"Após um stint com alguns problemas, pois tivemos a quebra do TBS e da correia do alternador, caímos de quarto pra nono lugar nos fazendo perder um tempo significativo nos pits. Após os problemas sanados, eu assumi a tocada do carro (havíamos caído de quarto para nono lugar geral) e consegui uma boa recuperação, entregando após quase uma hora e meia, o carro pro Humberto Guerra Jr. em quinto ou sexto lugar, se não me falha a memória. O Humberto acabou o último trecho e com a quebra do carro #11, terminamos em quarto colocado, na geral, e segundo nossa categoria."

"Nosso objetivo era de acabar a corrida, o que já seria uma vitória, mas acabar no quarto lugar na geral, em segundo na nossa categoria, de vinte e cinco carros, sendo que disputávamos com protótipos superpotentes e modernos, foi muito mais que uma conquista pra nós e pra equipe, que está de parabéns. Como eu sempre brinco, eles são literalmente guerreiros e nós também, eu, o Caio e o Humberto. Sempre focados pra conseguir acabar essa corrida, então, estou feliz, muito feliz. Ano que vem tem mais e se Deus quiser, em um carro mais potente, mais novo, mais diferente e vamos dar trabalho, se Deus quiser", concluiu Giovani.

Confira o top-10 final das Mil Milhas Chevrolet Absoluta:

1) #73 – José Vilela / Leandro Totti / Eduardo Pimenta Souza / Guga Ghizo  / Leonardo Yoshi, Protótipo MCR 2.1, LT Racing Team, P3, 291 voltas, 10h6'33"
2) #31 – Leandro Guerra / Rodrigo di Conti / Marcelo Camacho, Protótipo R1 VW AP 2.0, Guerra Motorsport, P4, 277 voltas
3) #46 – Robbi Perez / José Cordova / Juliano Moro / Maurizio Sala, Protótipo Roco / Ralt Hayabusa 1.4, Roco Racing, P3, 254 voltas
4) #6 Caio Lacerda / Humberto Guerra Jr / Giovani Almeida, Aldee AP 2.0, P4, 249 voltas
5) #17 – Otávio Carmacio / Rafael Kasai / Mauricio Árias / Vinicius Salva, Vectra Stock Car, 2Go-HT Guerra, TN1A, 249 voltas.
6) #115 – Estevão Alexandre / Rogerio Dudu, Honda Civic SR, TN1A, 249 voltas
7) #32 – Mauro Kern / Márcio Basso / Paulo Sousa / Wellignton Cirino, Protótipo Tubarão Duratec 2.0 T, MC Tubarão, P2, 248 voltas
8) #216 – Ricardo Savio / George Lisi / Ricardo Parente / Daniel Dini, GM Corda 2.0, Oto Racing, TN1A, 248 voltas
9) #11 – Emilio Padron / Bruna Tomaselli / Fernando Ohashi / Fernando Fortes / Henrique Assunção, Protótipo Hayabusa 1.3, Team Quarteto Fantástico, P3, 241 voltas
10) #14 – Amauri Rhormans / Eduardo Teixeira / Vinicius Lira / Fillipe Cezario, Ford Fiesta, TN1A, 241 voltas

Giovani Almeida conta com o apoio da AgriLAF e do Portal High Speed Brazil