"Estou muito feliz por ter sido, novamente, uma das selecionadas para participar da seletiva do FIA Girls on Track. No ano passado, fui uma das finalistas e tive uma experiência muito positiva e com grandes aprendizados. Agora, vou até mais tranquila, pois já conheço o programa, sei como é, e também já tenho uma bagagem. Quero aproveitar bastante essa chance", contou a piloto catarinense, de 15 anos. Vale ressaltar que Antonella foi uma das quatro finalistas em 2020, entre as 70 inscritas na primeira edição. E, foi na Seletiva da FIA que ela teve seu primeiro contato com um carro de fórmula.

O programa vai premiar as duas vencedoras, uma de cada categoria: Júnior e Sênior, da seguinte forma: ao final da eliminatória, a ganhadora na categoria Sênior será premiada com a participação em uma temporada da Fórmula 4, como foi com a pilota Maya Weug, atual vencedora da seletiva e que está correndo com o time Iron Lynx, projeto criado e liderado por Débora Mayer.

Já a pilota selecionada na categoria Júnior participará de uma temporada internacional de kart com o apoio financeiro da Ferrari Driver Academy. A divisão da premiação, por categorias, sendo a Júnior para as pilotos nascidas entre 01/04/2007 e 31/12/2010, e a Sênior para àquelas que nasceram entre 01/01/2005 e 31/03/2007, é uma das novidades desta segunda edição da Seletiva. Em 2020, foi uma disputa única com todas as selecionadas.

A FIA informou que recebeu 71 inscrições de 28 países das ASNs globais (Confederações de Automobilismo de todo o mundo). Adotando os mesmos moldes de 2020, as autoridades desportivas mundiais da FIA foram convidadas a nomear suas pilotas mais talentosas. O FIA Women in Motorsport Commission's Detection Cell selecionou 28 delas, sendo 14 em cada categoria (Júnior e Sênior). As selecionadas irão participar de uma eliminatória com duração de três dias, de 21 a 23 de outubro, no circuito de Paul Ricard, na França.

Além da experiência por ter participado da primeira edição do FIA Girls On Track – Rising Stars, Antonella Bassani vai para a disputa mais madura. E isso, graças também ao intercâmbio que fez nos Estados Unidos neste ano. A jovem passou três meses em Nova Iorque, onde pode aprender mais sobre o idioma, e aprimorar muitas questões relacionadas à autonomia, organização, independência.

"Eu precisava ter um contato mais próximo com o inglês. Sabia que isso era muito importante. E junto com meus pais decidimos que seria bom que eu fizesse um intercâmbio. Fui para os Estados Unidos, fiquei três meses lá. Sozinha, sem ninguém. E, realmente foi um período muito bom. Tive que me virar sozinha, trabalhar minha autonomia e responsabilidade. Gostei muito da experiência", contou Antonella.