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Leonardo Sanchez e Átila Abreu se encantam com o novo BMW M4 GT3
Reportagem: Luis Ferrari / Guto Mauad
Foto: Bruno Terena
Dupla estreou o bólido na abertura da temporada da Endurance Brasil em Goiânia.

Leonardo Sanchez e Átila Abreu começaram uma nova fase da Endurance Brasil em Goiânia. Sem acelerar na categoria desde agosto de 2021, a dupla trouxe uma nova máquina para a temporada 2022. Diretamente da Alemanha, os pilotos receberam um novíssimo BMW M4 GT3 que promete revolucionar a categoria.

“Fiquei muito impressionado com o carro e toda tecnologia que ele tem. É perceptível que estamos falando de uma nova geração de um carro de corrida. Além disso, ele chama muita atenção na pista”, disse Sanchez.

Abreu também elogiou a construção da máquina, onde todos os comandos e informações podem ser coletadas sem auxílio do computador. “Os componentes de eletrônica e informação do carro são muito avançados, em outras categorias, como a própria Stock Car, o computador ainda é necessário para coletar as informações. Na BMW, você tem tudo dentro do carro e sem necessidade de conectar aparelhos externos, até a velocidade na entrada dos pits é auxiliada por luzes.”

Outra diferença citada pela dupla foi na embreagem, que é semiautomática, a M4 não possui o pedal esquerdo, todo o comando é feito via botão no volante, onde o carro eletronicamente controla o acionamento da função.

Apelidado de “batmóvel” pelos pilotos, em referência ao carro do super-herói Batman, Abreu pontuou sobre a questão de performance que ainda precisa ser explorada.

“O carro tem muito potencial, é uma máquina que pode alcançar um desempenho fantástico, mas precisamos entender o BoP junto com a organização do campeonato, pois cada um tem seu regulamento específico sobre configurações do carro, mas eu fiquei extremamente feliz com o que vi na pista.”

Para a estreia da BMW, Abreu e Sanchez receberam auxílio da montadora alemã, que enviou um engenheiro da fábrica para trabalhar junto com a equipe Pole Motorsport no desenvolvimento da máquina, além de um piloto também vindo direto da fábrica.

“A BMW esteve junto com a gente em todo o processo de desenvolvimento da M4, enviou diretamente da Alemanha um engenheiro para trabalhar junto com a equipe e ajudar a desenvolver o carro, além do piloto que foi responsável por dar vida ao modelo junto com Augusto Farfus. Infelizmente o Farfus não pode estar aqui com a gente por questão de agenda, mas a BMW mandou o piloto que desenvolveu o carro com ele para nos ajudar”, comentou Abreu.

Átila também elogiou a adaptação de seu companheiro ao carro e a nova classe que a dupla está correndo. Anteriormente, os pilotos competiam na classe GT4 a bordo de uma Mercedes AMG. Na GT3 houve um ganho de desempenho no carro, andando inclusive entre os mais rápidos da etapa.

Sanchez e Abreu ainda buscam coletar o máximo de informações possíveis sobre a BMW M4 GT3, os pilotos trabalham para entender os níveis de desempenho e desgaste de pneus do carro.

“Falando sobre o carro na pista, ele é muito estável, o controle de tração e o ABS realmente auxiliam na pilotagem, o controle de tração te faz sair melhor da curva e o ABS deixa a frenagem muito estável”, pontuou Sanchez.

Abreu, que já havia competido em um modelo da M4 GT3 em 2015 pelo Blancpain GT Series, pontuou que a eletrônica no carro é ainda mais evoluída do que ele encontrou na época.

“A concepção do carro é completamente feita para as pistas, distribuição de peso, carroceria e downforce, então você realmente consegue tirar do carro tudo aquilo que ele tem para te entregar”, completou Abreu.

A dupla volta a acelerar pela Endurance Brasil em Interlagos no próximo dia 21 de maio, em prova de 4 horas de duração.

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