O segundo colocado no grid é o Porsche #29, categorizado na classe Rookie com o trio Caio Chaves, Rodrigo Mello e Thiago Camilo. A tripulação é a pole na classe de entrada. Chaves e Camilo andaram no quali, e a média dos dois ficou a 0.126 dos poles.

Em terceiro parte o #139, de Celio Brasil, Israel Salmen e Rafa Martins. Salmen e Martins aceleraram, com o último cravando no novo recorde absoluto dos carros da geração 992 em Interlagos: 1:33.751.

A dupla #70, com Lucas Salles e Rafa Suzuki, parte em quarto. E completa o top5 a tripulação pole na classe Sport, composta por Beto Gresse, Chris Hahn e Lineu Pires no #888.

O grid teve os 19 primeiros dentro do mesmo segundo da média do carro pole-position.

No fim da tarde, o treino da Challenge teve apenas o primeiro grupo nesta sexta-feira. Gabriel Robe foi o mais veloz, com Antonella Bassani em segundo. A sessão foi interrompida por uma bandeira vermelha, o que atrasou os trabalhos.

Consequentemente o segundo grupo teria que classificar à noite. Então a organização achou por bem adiar a segunda parte do quali, para uma sessão de 10 minutos na manhã de sábado. Esta sessão irá definir o carro pole da geração 991.2.

A prova de 500 quilômetros no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, decisão da temporada 2024 do Porsche Endurance Challenge, terá 117 voltas no total, ou 4h15 de duração máxima. Ela será dividida em dois segmentos: o primeiro será encerrado no fim da 57ª volta. Para ser validado para as tripulações, elas precisarão ter cumprido os dois primeiros pit stops obrigatórios. As cinco janelas de paradas nos boxes serão abertas nas voltas 19, 39, 59, 78 e 97; e terão duração de oito minutos cada uma.

Nas duplas, o limite máximo de voltas para o piloto de maior BOP, o mais experiente, é de 64 voltas das 117 regulamentares. Nos trios, o de maior BOP só pode dar 36 e o de menor BOP tem a obrigação mínima de percorrer 42 voltas.

Uma novidade para o regulamento dos 500 Km de Interlagos é a possibilidade de uma prorrogação. Se houver condições de relargada a duas voltas do fim previsto previsto pelo regulamento, a corrida será estendida em mais três voltas. Ou seja: passaria a ter 120 voltas em vez das 117 previstas. Apenas uma prorrogação poderá ser feita.

A categoria terá 38 carros inscritos na etapa do Porsche C6 Bank Endurance Challenge. São 84 pilotos, em tripulações que unem os principais nomes da categoria dos carros de competição mais produzidos no mundo com estrelas internacionais. Serão 26 carros na Carrera Cup e 12 na Challenge. Os canais sportv e os canais oficiais da Porsche Cup C6 Bank exibem a etapa do Endurance Series ao vivo às 14h (de Brasília) neste sábado.

Antes da tomada de tempo da corrida de 500 km, em duas sessões separadas para as divisões geral e Rookie, a classe de entrada, Sprint Trophy, que corre com os carros da geração 991.1, realizou sua última tomada de tempo de 2024. Com 1:40.075, José Moura Neto foi o mais veloz no geral. Neto Carloni ficou em quarto no geral, e com a pole na divisão Rookie, com a marca de 1:41.657. A Trophy larga neste sábado às 10h.

Os qualis:

Carrera Cup

Com o tempo fechado e o risco de chuva a qualquer momento, a sessão foi aberta com os carros equipados com pneus Michelin para piso seco. Então os competidores logo trataram de anotar marcas competitivas, para já garantir resultados na tela de cronometragem.

Depois da primeira tentativa, o mais veloz era o #31, com Jeff Giassi. A seguir apareciam Galid Osman, Alceu Feldmann e Josimar Junior.

Com 10 minutos dos 20 da sessão transcorridos, a liderança era do #544, com Marçal Muller e a marca de 1:34.301. Werner Neugebauer era segundo, a 0.267s do concorrente. Lineu Pires, Caio Chaves e Galid Osman completavam o top5.

A maioria dos carros parou nos pits, para retornar em busca de outra tentativa voadora nos cinco minutos finais. A exceção era Alan Hellmeister, com o #7. Ele permaneceu na pista por mais tempo aquecendo os pneus e, na marca de 5 minutos para a abertura da volta final, anotou 1:34.283, para assumir a liderança. A seguir baixou para 1:34.126, favorecido pelas melhores parciais da sessão nos trechos 1 e 3.

Hellmeister recolheu para box antes da bandeirada, enquanto na pista os concorrentes tentavam alcançar seu tempo. Lineu Pires estabeleceu 1:34.277 para ser o vice-líder na sessão, desbancando Muller para o terceiro lugar. Werner foi quarto e Caio Chaves quinto.

O primeiro grupo teve 13 dos 26 carros dentro do mesmo segundo do líder.

A umidade aumentou para o grupo 2, conforme caíam a temperatura e a luz natural em Interlagos. Assim os pilotos tinham senso de urgência em cravar voltas competitivas e logo foi o que fizeram Gui Salas, Gianluca Petecof e Thiago Camilo.

Após cinco minutos de sessão no Q2, a marca referência ainda era a de Hellmeister no Q1. Então Nicolas Costa cravou 1:34.027, a segunda melhor volta da história da Porsche Carrera Cup em Interlagos. A seguir, Rafa Martins estabeleceu um novo recorde, com 1:33.751.

Faltavam pouco mais de 11 minutos para o fim da sessão, e os carros já aparentavam sofrer com aderência em alguns trechos da pista, como a tomada da curva do Lago. Muitos deles então foram para os pits.

A ordem da sessão indicava Rafa Martins, Nicolas Costa, Gui Salas, Enzo Elias e Thiago Camilo no top5, com os 14 primeiros dentro do mesmo segundo.

A pista não teria condições para os competidores baixarem suas voltas. Assim, a pole ficou para o #544, com a média de 1:34.220. Em segundo lugar parte o #29. O #139 abre a segunda fila ao lado do #70 e o #888 completa o top5. No caso das médias, os tempos combinados tiveram os 19 primeiros dentro do mesmo segundo da tripulação líder.

Challenge:

O quali dos carros da geração 991.2 começou em pista bastante úmida com alguns carros equipados com pneus Michelin para piso molhado. Gabriel Robe foi o grande destaque da primeira parte da sessão, com 1:44.428. O segundo era Bruno Bonifacio, com 1:46.038. Então na marca de 8 minutos para a quadriculada foi acionada a bandeira vermelha para resgate de um carro danificado na reta principal após pneus estourado.

O top5 indicava Robe, Bonifacio, Sadak Leite, Leonardo Herrmann e Antonella Bassani.

A sessão foi reiniciada, com o piso ainda mais escorregadio, já ao anoitecer. Eram condições desafiadoras para os competidores baixarem tempo, mas os 12 carros inscritos na Challenge foram para pista.

Mas Robe, Bonifacio e Giuliano Bertucelli conseguiram, com os dois primeiros inclusive andando na casa de 1:40. Então Robe colocou impressionante 1:38.911, para determinar o melhor tempo da sessão.

Bonifacio ficou encaixotado entre três concorrentes mais lentos em sua penúltima volta e acabou levando a bandeirada antes da última tentativa.

A sessão acabou com Antonella em segundo, Bonifacio em terceiro, Sadak Leite em quarto e Alceu Feldmann Neto em quinto.

O segundo grupo aceleraria depois do por do sol, razão pela qual a sessão foi adiada para a manhã de sábado.

Grid de largada para os 500 km de Interlagos (média das duplas):

1 – #544. Marçal Muller e Enzo Elias – 1:34.220
2 – #29. Rodrigo Mello, Thiago Camilo e Caio Chaves (R) – 1:34.326
3 – #139. Célio Brasil, Israel Salmen e Rafael Martins (R) – 1:34.331
4 – #70. Lucas Salles e Rafael Suzuki – 1:34.474
5 – #888. Lineu Pires, Beto Gresse e Christian Hahn (S) – 1:34.478
6 – #1. Alceu Feldmann e Guilherme Salas – 1:34.510
7 – #7. Miguel Paludo e Alan Hellmeister – 1:34.619
8 – #8. Werner Neugebauer e Rubens Barrichello – 1:34.694
9 – #56. Peter Ferter e Diego Nunes (S) – 1:34.791
10 - #199. Nelson Marcondes, Luiz Razia e Gianluca Petecof (S) – 1:34.829
11 – #111. Fefo Barrichello e Dudu Barrichello – 1:34.875
12 – #27. Josimar Junior e Sergio Ramalho (S) – 1:34.909
13 – #33. Bruno Campos, Nicolas Costa e Thiago Vivacqua (R) – 1:34.979
14 – #3. Franco Giaffone e Cesar Ramos – 1:34.988
15 – #77. Francisco Horta e William Freire (S) – 1:34.991
16 – #31. Marcos Regadas e Jeff Giassi (S) – 1:35.011
17 – #12. Marco Pisani e Renan Guerra (R) – 1:35.122
18 – #14. Carlos Campos e Tony Kanaan (S) – 1:35.190
19 – #74. Piero Cifali e Edu Guedes (R) – 1:35.213
20 – #88. Pedro Boesel e Ricardo Maurício – 1:35.229
21 – #80. Rouman Ziemkiewicz e Nelson Piquet Jr. (S) – 1:35.472
22 – #15. Leonardo Sanchez e Átila Abreu (R) – 1:35.524
23 – #85. Eduardo Menossi, Caio Collet e Pedro Piquet (R) – 1:35.533
24 – #100. Sebá Malucelli, Marcos Gomes e Xandinho Negrão (R) – 1:35.700
25 – #87. Nelson Monteiro, Ramon Alcaraz e Márcio Mauro (R) – 1:36.270
26 – #25. Paulo Sousa e Galid Osman (R) – 1:36.354

O que eles disseram:

“Cada passo é importante nesta final contra pilotos tão rápidos. Demos o primeiro passo e vamos tentar fazer uma corrida limpa para sair com mais um campeonato.”

Marçal Muller

“Claramente estávamos rápidos. Sabia disso e apostamos na estratégia mais correta. Sabíamos que teria o risco de chuva e andamos forte no começo com o carro mais pesado. Jogamos com a cabeça, pensando no campeonato e é isso que vamos fazer amanhã. Hoje foi o primeiro passo.”

Enzo Elias

“Na minha hora torci para não chover, mas na hora de classificar o Betinho Gresse ele estava de pneu usado e aí quando ia colocar o zero, veio a chuva. Caso contrário a gente poderia ter saído mais à frente ainda.”

Lineu Pires

“Gostaria de enfatizar muito o que fez o Lineu. Quem saiu de zero se deu melhor, mas estamos em uma condição bem favorável na classe.”

Chris Hahn

“Lineu fez uma excelente volta, ficando em segundo na geral contra vários dinossauros da categoria. O mérito hoje é dele e com nosso carro saindo no top5 geral e primeiro na categoria Sport estamos bem posicionados para os 500 km.”

Beto Gresse

“A gente esperava. Na etapa da F1 veio um novo recorde há duas semanas. Sabia que o novo asfalto poderia render o recorde e na Endurance a gente anda um pouco mais leve que na sprint, então sabia que tinha a possibilidade do recorde. Sabia que era possível, mas sempre difícil e fico contente com a volta que conseguimos.”

Rafael Martins

“Na verdade, isso é uma somatória de um bom trabalho da equipe. Hoje nós tivemos uma nota 9 ou 9.5. Faltou um pouquinho de mim e um pouquinho do carro, então com o frio em Interlagos precisei me dedicar bem no começo para aquecer bem o carro e foi importante para o resultado da sessão.”

Alan Hellmeister

Sobre a Porsche Cup C6 Bank:

Maior evento de GT da América Latina, a Porsche Cup C6 Bank realiza campeonatos no Brasil desde 2005. É a maior categoria monomarca e monogestão do País, mandando para a pista a cada evento cerca de 40 carros, rigorosamente idênticos. Os modelos usados na categoria são o Porsche 911 GT3 Cup, das gerações 992, 991-2 e 991-1. É o carro de competição mais produzido e vendido no mundo, realizando corridas tanto em eventos-suporte de categorias como F1, 24H de Le Mans, IMSA etc, quanto em eventos proprietários. No Brasil o campeonato tem nove etapas, sendo seis de sprint (com duas corridas de até 30 minutos cada) e três de endurance, com provas de 300 a 500 km nas quais os pilotos formam tripulações de duplas ou trios.