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Cardoso é campeão TCR SA Banco do Brasil em dia vitória de Rossi na corrida 2
Reportagem: Luis Ferrari / Santiago Di Pardo
Imprensa TCR South America Banco BRB

País sede da primeira corrida da história do TCR South America Banco BRB, o Brasil enfim fez um campeão na categoria. Em grande estilo, Pedro Cardoso largou na pole e liderou todas as voltas da corrida 1 para ganhar sua terceira prova no ano com direito a melhor volta da prova. Na corrida 2, o competidor do Peugeot #43 da PMO Racing terminou em quarto, para sacramentar o título de pilotos.

Foi mais um fim de semana memorável para o brasiliense e a equipe argentina PMO Racing. Assim como haviam feito no TCR Brasil Banco BRB, Cardoso e a escuderia gabaritaram os campeonatos de equipes e piloto.

A segunda corrida foi iniciada com os carros equipados com pneus slick e brindada com chuva forte no início. Em um panorama caótico, Matías Rossi prevaleceu em grande estilo com o Toyota Corolla preparado pela TTA. Ele chegou a sua terceira vitória no ano, igualando as marcas de Cardoso e Rafael Suzuki, também com três triunfos.

O pódio da corrida 1 foi completado por Rossi e Leonel Pernía. Enquanto na corrida 2, receberam troféus após Rossi o argentino Fabian Yannantuoni e o brasiliense Rapha Reis.

A jornada em Rosario sacramentou também o título da Copa Trophy para o uruguaio Enrique Maglione, de maneira que os três países representados na temporada ficaram, cada um com um título.O TCR South America Banco BRB retorna em 2025, com a temporada começando na Argentina.

As corridas

Corrida 1

Apesar da previsão de chuva, o dia amanheceu seco e os carros foram para o grid equipados com pneus slick fabricados pela Kumho.

O pole Pedro Cardoso poderia ser campeão já nesta prova, em caso de vitória combinada com abandono de Juan Manuel Casella, que largava em nono no grid.

No apagar das luzes, Cardoso segurou a dianteira, seguido por Matias Rossi e Leonel Pernía. Quarto no grid, Rapha Reis foi ultrapassado por Matias Cravero.

O safety-car então foi acionado para resgate do Toyota de Fabian Yannantuoni, parado na área de escape após contato com o Peugeot de Damian Fineschi.

Na relargada, Cravero caiu para o fundo do grid, enquanto Rossi atacava Cardoso pela liderança. Pernia, Juan Angel Rosso e Reis completavam o top5 nesta ordem, com Casella em sexto.

Reis atacou Rosso na volta 5, e o Toyota da Paladini Racing precisou bloquear rodas para conter o assédio. O ataque surtiu efeito na volta 8, com o CUPRA do brasiliense mergulhando por dentro numa curva de baixa. Quase simultaneamente, Fabrizio Pezzini teve pneu furado em seu CUPRA, prejudicando os esforços em seu retorno à categoria.

A partir da décima volta, Cardoso foi abrindo vantagem sobre Rossi na ponta da corrida, entrando nos cinco minutos finais com mais de 2.5s de margem. Com os cinco primeiros distantes entre si, o pega da parte final da corrida era entre Casella, em sexto, Galid Osman, Damian Fineschi e Cravero, todos muito próximos especialmente na tomada da desafiadora curva 1.

Na penúltima volta, Galid perdeu rendimento, cedendo posições para Fineschi, Cravero e Digo Baptista. Na última, Fineschi mesmo com pneu fumando, passou Casella. Cravero e Digo poderiam ter seguido a linha, mas respeitaram a posição do companheiro de Squadra Martino.

Cardoso venceu com direito a Grand Chelem. Rossi e Pernia terminaram no pódio. Reis em quarto e Rosso em quinto, já não tinham mais chances matemáticas de título, bem como Rossi.

A bateria inicial ainda determinou o título da Copa Trophy para Enriquei Maglione e o título de equipes para a PMO Racing.

Corrida 2

Por força da regra da inversão de grid, Galid Osman largou na pole com Juan Manuel Casella ao seu lado. Pedro Cardoso seria décimo na ordem de largada para a corrida final, necessitando de um sexto lugar para ser campeão, independentemente da posição final do uruguaio da Squadra Martino.

Pouco antes da abertura de box houve uma leve chuva, para embaralhar ainda mais o panorama. Mas o vento de mais de 40 km/h era um fator e o tempo estava muito fechado no entorno da pista de 4.000m. Nas voltas de instalação, houve pilotos experimentando pneus slick, outros de chuva e até a possibilidade de compostos para piso seco no eixo traseiro e molhado no dianteiro, ou vice-versa.

Galid sustentou a dianteira e Rosso saltou de terceiro para segundo. Casella caiu de segundo para quinto no fechamento da primeira volta. Cauteloso, Pedro Cardoso também cedeu posições, fechando a volta inicial em 13º e penúltimo.

O top5 indicava Galid, Rosso, Pernia, Fineschi e Casella. E Cardoso ia recuperando terreno na volta 2, já passando em 11º.

A chuva veio forte na volta 3, e os três primeiros entraram na desafiadora curva 1 em 3-wide. Pernia e Rosso passaram Galid e os carros foram em marcha lenta até os pits para a inevitável troca de pneus. A direção de prova determinou a entrada do safety-car.

Na disputa dentro dos pits, a vantagem ficou para Fabian Yannantuoni, que havia sido o primeiro a parar. Ja Fineschi ficou uma volta além na pista, para que a PMO Racing tivesse mais espaço nos pits para trocar os pneus de Cardoso e Pernia.

Com o pelotão reordenado e todos os competidores de pneus Kumho para piso molhado, a liderança era de Yannantuoni, seguido por Rosso, Casella, Rossi e Galid. Cardoso era sexto, com Reis em sétimo e Thiago Vivacqua em oitavo.

A relargada veio na volta 6, com pouco mais de 14 minutos restando no cronômetro regressivo da corrida. A dupla da Paladini Racing sustentava as duas primeiras posições. Rossi atacou e passou Casella, trazendo junto Galid. Pedro Cardoso também superou o uruguaio, que logo ficou à mercê de Reis, Vivacqua e de Pernía, que havia perdido muitas posições depois do pit.

Na volta 9, Rossi e Galid colaram em Rosso. A pressão surtiu efeito e o #16 escapou da pista na saída da curva 2. Rosso retornou em quarto, mas sob pressão de Cardoso, que também o ultrapassou no fim da volta.

Rossi tirava vantagem de Yannantuoni, trazendo a reboque o carro de Galid. Então os três abriram a volta 11 separados por menos de 1s. Rossi passou na tomada da última chicane e Galid tinha no vácuo, mas deixou espaço para Yannantuoni e foi forçado a recolher. O brasileiro passaria três curvas mais para frente.

A seguir, Casella perdeu o pneu traseiro direito, determinando o título para Pedro Cardoso.

Mas restavam ainda 3 minutos e mais uma volta de corrida, com Galid determinado a desfiar Rossi pela vitória. Até que o CUPRA #28 perdeu a traseira e foi parar numa barreira de pneus.

A prova seguiu sob bandeira verde, com os Toyota de Rossi e Yannantuoni nas duas primeiras posições e Cardoso em terceiro. Reis, em quarto, vinha mais rápido que o campeão e sinalizava querer se despedir da temporada com mais um troféu.

Rossi conduziu com segurança até o final, para vencer pela terceira vez no ano. Yannantuoni recebeu a bandeirada em segundo e Reis ainda superou Cardoso na volta final. Leonel Pernía também protagonizou uma manobra na volta da bandeirada, para passar Rosso e terminar em quinto.

O que eles disseram:

"Que emoção! Felicidade demais. Vou começar agradecendo minha família, minha namorada e a equipe que me entregou um carro perfeito desde a primeira etapa. Não sei o que falar, estou muito feliz!

No final o Reis chegou em mim e o deixei passar, pois já sabia que estava com o título garantido e não queria brigar naquele momento. Muito feliz e agradecido por tudo."

Pedro Cardoso

"Sem duvida foi um ano ótimo! Foram quatro títulos no ano se contarmos com o TCR Brasil. Só tenho que agradecer ao pessoal da equipe pelo trabalho. Todos se sacrificaram para estarmos aqui, deixaram suas casas, suas famílias e fizeram tudo acontecer.Tivemos um ótimo time de pilotos também e o nível de entrega de todos foi incrível! Só posso agradecer."

Damian Fineschi

"Estou muito feliz em sair campeão da Copa Trophy. Sou campeão sulamericano, mas infelizmente o Fábio não correu a última prova. Pontuamos bem durante todo o ano e isto foi muito importante para o título."

Enrique Maglione

"Tínhamos um grande carro na chuva e me senti muito bem com ele. O carro era bom também na pista seca, mas foi no molhado que ele se sobressaiu. Agradeço a todos da TTA pelo trabalho rápido debaixo de muita chuva. Feliz em terminar o ano vencendo."

Matías Rossi

"Tínhamos um carro bem rápido, mas no início estava muito perto de Cardoso e Casella e não queria me envolver nem nada na disputa do título. Mas depois que vi que estava definido, comecei a atacar e vi que tinha pace até para disputar a vitória. A verdade é que o campeonato foi muito bonito e parabéns ao Pedro Cardoso pelo título."

Raphael Reis

"A verdade é que as coisas não saíram nada bem neste fim de semana, mas não posso me queixar pelo ano. Ganhamos duas corridas, lutamos pelo campeonato, estivemos sempre no pódio, então não posso reclamar de nada. Foi um grande trabalho da equipe, um ano brilhante que ficará na memória."

Juan Manuel Casella

Galeria de campeões - TCR South America Banco BRB

2024
Piloto - Pedro Cardoso (BRA
Equipe - PMO Racing (Peugeot)
Trophy - Enrique Maglione (URU)

2023
Piloto - Ignacio Montenegro (ARG)
Equipe - Squadra Martino (Honda)
Trophy - Fabio Casagrande (BRA)

2022
Piloto - Fabrizio Pezzini (ARG)
Equipe - PMO Motorsport (Lynk & Co)
Trophy - Fabio Casagrande (BRA)

2021
Piloto - Pepe Oriola (ESP)
Equipe - W2 Pro GP (Honda)
Trophy - Adalberto Baptista (BRA)

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