Em vez de buscar desculpas, César falou abertamente sobre os desafios enfrentados: a falta de confiança nas ultrapassagens desde que quebrou o punho em março, o motor que não rendeu como o esperado e o esforço mental para se manter competitivo. "Mesmo sendo rápido, aprendi que não adianta se você não for "agressivo". Ainda estou me reencontrando depois do acidente, e sei que vou conseguir", afirmou com maturidade surpreendente para alguém da sua idade.

Mais do que resultados, o fim de semana evidenciou a evolução emocional de um piloto que entende que o caminho para o sucesso exige autoconhecimento e resiliência. O momento mais marcante? Um treino onde registrou o melhor tempo, e a tentativa de ultrapassagem na terceira corrida da F4 Júnior, onde mesmo sem brechas, não deixou de tentar. "Me esforço para manter o ritmo, mesmo quando tudo parece mais difícil. Isso também faz parte da corrida", explicou.

É nesse processo que o apoio da equipe e da família se torna o combustível mais potente. "São eles que me motivam quando as coisas não vão muito bem", revela Cesar. Longe da pressão por resultados imediatos, a mensagem é clara: "estou ali para aprender a superar os meus próprios limites". Essa rede de apoio incondicional não apenas o ajuda a manter o foco e a fé, mas reafirma que cada desafio na pista é uma preparação valiosa para os obstáculos da jornada, transformando frustrações em degraus para a evolução pessoal e esportiva.

Dessa maneira, César Braga segue firme, dando um passo de cada vez, com os olhos no futuro. Apaixonado pela velocidade e movido pelo sonho de chegar à Fórmula 1, ele já inspira não apenas por suas vitórias, mas por sua coragem em se mostrar humano, algo raro e valioso no esporte.