Também chamando a atenção em Monza em nossa área de hospitalidade no paddock, a partir de hoje, um pneu Pirelli Stella Bianca (Estrela Branca), montado no Alfa Romeo de Giuseppe Farina em 13 de maio de 1950, em Silverstone, quando ele venceu o primeiro GP válido pelo Campeonato Mundial de Pilotos. Criado em 1927, o Stella Bianca era um pneu com lonas cruzadas e foi uma verdadeira inovação na época em termos de performance e tecnologia, seguindo na linha de pneus por décadas, o padrão de banda de rodagem mais duradouro da Pirelli. O Stella Bianca apresentava todas as inovações introduzidas na década de 1920, incluindo uma carcaça de tecido de cordão, baixa pressão de calibragem e um perfil de talão “liso”. Com o Stella Bianca, a tecnologia do padrão da banda de rodagem também deu um grande salto à frente, apresentando uma combinação sofisticada de blocos trapezoidais firmemente ancorados por pontes resistentes para evitar rasgos em altas velocidades. Este design de banda de rodagem permaneceu praticamente inalterado até os anos 50 e acabou sendo utilizado na Fórmula 1 com a Alfa Romeo, Ferrari e Maserati.

O dia na pista

Na primeira sessão de treinos livres, cinco pilotos – Lawson, Hadjar, Albon, Sainz e Bortoleto – utilizaram um dos dois conjuntos de pneus Duros disponíveis. O piloto tailandês foi o único a utilizar também um conjunto de pneus Médios, com os outros completando suas voltas restantes com um conjunto de pneus Macios. Todos os outros 15 pilotos utilizaram um conjunto de Macios e um conjunto de Médios cada.

Na segunda sessão, outros sete pilotos – Leclerc, Hamilton, Antonelli, Russell, Ocon, Bearman e Hulkenberg – também andaram com um conjunto de C3 antes de continuarem com o C5. Os outros 12 iniciaram a sessão com o C4 antes de mudarem para o mais macio dos três compostos utilizados neste fim de semana. Todos os três compostos também foram utilizados para corridas longas.

Simone Berra – Engenheiro chefe da Pirelli

“Após uma primeira sessão com várias interrupções que custaram um tempo valioso a todos, a segunda hora decorreu de forma mais tranquila, com as equipes executando um programa bastante normal. Foi interessante ver como os três compostos disponíveis foram utilizados para simulações de corrida. Em comparação com o ano passado, a granulação não parece ser um fator importante. O nível observado hoje foi muito mais localizado na superfície do pneu e não apareceu em todos os carros, apenas em alguns. Acreditamos que, à medida que a pista for ficando mais aderente, ela deve desaparecer, especialmente durante a corrida de domingo.

Em termos de estratégia, dado que a degradação parece bastante limitada, a parada única parece ser a única opção plausível, com a utilização dos pneus Médios e Duros no papel. No entanto, a utilização do pneu macio por 15 a 20 voltas não pode ser descartada para qualquer piloto que consiga fazer um primeiro stint muito longo, tentando aproveitar ao máximo sua melhor performance. Além disso, como é provável que no momento da corrida todos os pilotos tenham apenas um conjunto de Médios e um conjunto de Duros disponíveis, os pneus macios podem se tornar uma opção, especialmente no caso de uma neutralização e, portanto, saber como se comportam em longas distâncias pode ser útil. Em termos de diferença de tempo entre os compostos, as simulações parecem estar em linha com o que foi visto na pista hoje, ou seja, quatro a cinco décimos entre o Médio e o Macio e dois décimos entre o Duro e o Médio.

Os tempos de volta de hoje foram consideravelmente mais rápidos do que nas mesmas sessões no ano passado, com uma melhora de cerca de nove décimos, principalmente devido às temperaturas mais baixas em cerca de dez graus. Os tempos baixaram muito rapidamente na primeira sessão devido à evolução da pista, enquanto se estabilizaram bastante na segunda.

Se os pneus macios se mostraram capazes de estabelecer tempos mais rápidos mesmo após algumas voltas de arrefecimento, foi devido principalmente à evolução da pista. Na verdade, acreditamos que, na classificação de amanhã, a primeira volta rápida terá máxima performance, portanto teremos um formato de clássico de classificação.”

Fórmula 2

Luke Browning garantiu seu primeiro Aramco Pole Position Award, sendo o mais rápido na classificação com a equipe Hitech TGR em Monza. O piloto da Williams Racing Development estabeleceu o melhor tempo de 1min32s390, à frente de Richard Verschoor e Kush Maini pela DAMS Lucas Oil. No entanto, o tempo do piloto da MP Motorsport foi anulado pelo acionamento das bandeiras vermelhas ao final da sessão.

Ao contrário do ano passado, não há um salto entre os compostos para o evento deste fim de semana. A Pirelli trouxe o Supermacio como o composto mais macio, mas substituiu o Médio utilizado em 2024 pelo Macio. Essa escolha mais agressiva significa que os pilotos terão de ter cuidado ao gerenciar o final de seu stint com o Médio, a não ser que consigam fazê-lo de forma eficaz antes, especialmente os que passarem muito tempo presos no tráfego.

Para a Feature Race, é provável que a maioria do grid largue com pneus Supermacios até a abertura da janela de pit stop, como aconteceu no ano passado. Em 2024, quase metade dos pilotos parou na primeira oportunidade, mas eles foram surpreendidos por um Safety Car na volta seguinte, o que significou que os outros puderam trocar pneus perdendo muito menos tempo. Entre eles estava o brasileiro Gabriel Bortoleto, agora correndo na F1 pela Sauber, que conseguiu vencer a corrida largando da última posição do grid.

Fórmula 3

Brad Benavides conquistou seu segundo Aramco Pole Position Award da temporada com uma excelente última volta na classificação. O piloto da AIX Racing marcou um tempo incrível de 1min38s120. Competindo no grupo B, o americano venceu Noel León, da PREMA Racing, que foi o mais rápido no segundo grupo por 0s262, enquanto Ugo Ugochukwu, o mais rápido no grupo A com 1min38s613, vai largar ao lado de Benavides na primeira fila.

Para a última etapa da temporada, os pilotos podem escolher entre o Macio e o Médio, que foram utilizados na etapa anterior em Budapeste, onde Rafael Câmara conquistou o título. De acordo com o regulamento, o composto mais duro só pode ser utilizado durante o TL1. A pista foi recapeada há exatamente um ano e deve ter as mesmas qualidades de aderência que tinha na época. Portanto, a degradação pode ser significativa, representando um desafio adicional para os pilotos que têm dificuldade em gerenciar bem seus pneus, especialmente nas etapas finais da corrida.