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Motovelocidade: alocação expandida da Pirelli para desconhecido asfalto Aragón
Reportagem: Néctar Comunicação
O novo asfalto parece ser particularmente abrasivo, razão pela qual os pilotos de Moto2™️ e Moto3™️ vão ter mais pneus e compostos do que a alocação padrão.

O Mundial de MotoGP retorna a Espanha para o GP de Aragón, que será realizado no próximo final de semana, no circuito MotorLand Aragón. Recentemente a pista foi completamente recapeada e a abrasividade do novo asfalto continua a ser um fator desconhecido, apesar dos testes privados realizados por algumas equipes no início de agosto.

Por esse motivo, a Pirelli decidiu adicionar duas soluções de desenvolvimento às opções traseiras padrão: o D0532 (macio) para a Moto2, já visto em ação no GP da Alemanha, e o C1096 (duro) para a Moto3, também visto em alguns eventos anteriores, ambos mais indicados contra o desgaste do que outros compostos.

Além disso, para facilitar o trabalho de equipes e pilotos, como já aconteceu em Silverstone e Red Bull Ring, a Pirelli aumentou o número de pneus disponíveis para cada um dos compostos dianteiros, que vão da alocação padrão de 6 para 7, em ambas as classes.

Alocação mais ampla devido ao novo asfalto

"Conhecemos bem o circuito de Aragón, pois corremos lá com o WorldSBK há vários anos, mas o recapeamento da pista que foi concluído recentemente embaralha as cartas na mesa e será importante entender o quanto o novo asfalto pode afetar o desempenho dos pneus. No início de agosto, foi realizado um teste não oficial que nos permitiu ter um primeiro gostinho da nova superfície e vimos que, em comparação com o passado, é mais abrasivo e agressivo com os pneus. É uma situação bastante normal, considerando que a pista ainda não é muito emborrachada. Podemos, portanto, esperar alguma evolução ao longo do fim de semana, não apenas em termos de desempenho de tempo de volta, mas também em termos de desgaste, que pode ser maior do que o normal no início e deve melhorar progressivamente nas demais sessões. Para melhor atender a essas condições, adicionamos duas soluções de desenvolvimento mais indicadas contra desgaste, em relação à alocação padrão, uma para cada classe. Em particular, a D0532 disponível para a Moto2 é a solução que a maioria dos pilotos gostou na Alemanha e que teve um desempenho muito bom num circuito tão severo como o de Sachsenring. O layout muito diferente de Aragón e o desafio colocado pelo novo asfalto são um importante banco de testes para coletar mais informações sobre esta especificação de desenvolvimento, caso seja usada. Com mais compostos para a traseira e também mais unidades para a dianteira, esperamos que as equipes possam concentrar seus esforços nas soluções que preferirem."

· Alocação expandida: Os pilotos de Moto2 têm os compostos padrão para a dianteira, SC1 (macio) e SC2 (médio), mas em maiores quantidades: o número aumenta de 6 para 7 unidades para cada um dos dois. Para a traseira, as quantidades dos dois compostos padrão SC0 (macio) e SC1 (médio) são as mesmas que a alocação base para a temporada, ou seja, 8 peças para cada especificação, às quais são adicionadas 4 peças de desenvolvimento SC0 (macio) na especificação D0532. A alocação para a Moto3 segue a mesma lógica: 7 unidades de cada um dos compostos padrão, SC1 (macio) e SC2 (médio), para a dianteira e 7 peças cada para as opções SC1 (macio) e SC2 (médio) traseiro, enquanto haverá 6 no composto C1096 (duro). Dada a presença de um terceiro composto traseiro em ambas as classes, os pilotos poderão usar mais um pneu traseiro (10 em vez de 9) do que o exigido pelos regulamentos no caso de atribuição padrão.

· Evolução da pista: entre os meses de abril e junho, a pista MotorLand Aragón foi completamente recapeada, após 14 anos de uso. Não foram realizados muitos eventos de motorsport no circuito até o momento, então o novo asfalto ainda não está "emborrachado", ou seja, não há aquele revestimento de borracha que carros e motos depositam no solo em suas passagens e que se integra ao grão da superfície. Com a intensa atividade que será iniciada a partir dos treinos de sexta-feira, e o consequente emborrachamento da superfície, as características de aderência e abrasividade muito provavelmente mudarão progressivamente até as corridas de domingo.

· Traçado técnico: O circuito MotorLand Aragón está localizado não muito longe da cidade espanhola de Alcañiz, em uma área semidesértica com um clima geralmente quente e seco. Com pouco menos de 5,1 km de extensão, tem um total de 18 curvas e é bastante técnico, mas há apenas um ponto de frenagem realmente agressiva que pode exigir muito do pneu dianteiro: a curva 16, localizada no final da reta oposta de 968 metros de comprimento. A estabilidade e a precisão da frente, no entanto, são postas a prova na parte mista do circuito, ou seja, nas primeiras 10 curvas, e em especial nos "sacacorchos" (curvas 8 e 9): uma descida em S que traz à mente ultrapassagens épicas e que leva à duas curvas de alta à esquerda, a 10 e a 11, onde o pneu traseiro é obrigado a realizar uma grande aceleração enquanto inclina.

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