Na véspera da competição, uma iniciativa singular transformou a presença de César nas pistas. Seu capacete, kart e camiseta exibiram apenas a referência "Jo 3:16", em vez de logomarcas tradicionais. A escolha do patrocinador, que optou por permanecer anônimo, visou divulgar a mensagem "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Essa manifestação de propósito, e não de propaganda, acompanhou o piloto em cada desafio, servindo como um lembrete constante de sua força interior.

Na primeira semana, disputando a categoria Mini 2T, César Braga teve de lidar com um peso adicional de 5 kg e problemas persistentes no motor, que comprometeram seu desempenho. As dificuldades culminaram na "Super da Mini", quando uma forte colisão na largada avariou seriamente seu kart, exigindo uma reconstrução emergencial e forçando-o a largar do fundo do grid na final. Mesmo após um novo incidente na corrida decisiva, com o kart danificado e quase sem aceleração, o jovem demonstrou garra ao cruzar a linha de chegada, evidenciando uma determinação que transcende resultados.

A transição para a F4 Jr na segunda semana trouxe desafios igualmente árduos. Ainda sem a rede de apoio habitual e competindo com 30 kg de lastro, César dedicou-se arduamente à análise de telemetria. As classificatórias foram marcadas por infortúnios: sofreu duas punições automáticas em corridas consecutivas devido a freadas bruscas de competidores à frente, e foi vítima de uma colisão que o tirou da pista na etapa mais exigente, fazendo-o perder valiosas posições. Contudo, sua maturidade e uma "força silenciosa" o impulsionaram a lutar até o fim, ficando a apenas quatro pontos da Super Classificatória.

Apesar de não ter alcançado as finais da F4 Jr, a participação de César Braga no 60º Campeonato Brasileiro de Kart é celebrada como uma vitória de caráter e perseverança. Sua jornada foi um testemunho de superação de obstáculos como motores ineficazes, colisões severas, ausência de apoio e a intensa pressão da competição. Mais do que qualquer troféu, o piloto conquistou um amadurecimento pessoal e esportivo, mostrando que os valores de fé, resiliência e integridade são os verdadeiros pilares de um atleta promissor que, aos 12 anos, já inspira dentro e fora das pistas.