A cada treino em Interlagos, o piloto mostrava que a força humana tem limites, mas a força de quem sonha não. Mesmo ainda lidando com dores causadas pela gravidade G do banco e pela recuperação recente, Canhedo evoluiu sessão após sessão, baixando tempos e reencontrando o ritmo que o acidente o tentou tirar. A meta não era vencer adversários, mas vencer o destino: celebrar a vida, honrar quem acreditou em seu retorno e fechar 2025 com a certeza de que nenhum obstáculo é maior que um coração disposto. O resultado foi o quinto lugar na categoria Challenge nas corridas 2 e 3, que valeu como vitória absoluta para quem havia recebido um duro "não" da própria saúde semanas antes.

Ao olhar para trás, Vinícius resume o ano como um renascimento. Depois de tantas cirurgias e tantos recomeços, 2025 se tornou sua temporada de aprendizado, gratidão e fé. Aos patrocinadores que abraçaram sua jornada, ele dedica cada quilômetro dado em Interlagos. À equipe e à família, dedica sua persistência. E a Deus, dedica o privilégio de seguir fazendo o que ama. Tanto que, ao ser perguntado sobre sua posição no campeonato, respondeu com sinceridade: "Ainda não sei. Vim para celebrar." Porque, para ele, estar ali era a maior conquista.

Trocando o macacão preto por um branco simbólico, representando sua nova etapa, e com o layout renovado do carro estampando as marcas que acreditam na sua história, Vinícius Canhedo encerrou 2025 no topo que importa: o da superação. Nos pódios conquistados na Nascar Brasil Challenge, o champanhe não comemorou apenas as corridas, mas a vitória sobre a dor, o medo e os limites. Agora, com 2026 à porta, ele garante: será diferente, será maior, porque quem vence a vida, vence qualquer curva.